quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um Novo Mundo Solto

Um dia, algures em julho, um dia ou dois após o meu décimo sexto aniversário, num curioso lugar eu entrei. A luz rompisa pelas janelas e a Arte manifestava-se. Até o corredor estáva cheia de gente.

Atenção, era mesmo muita gente! Era como se os seus lhares curiosos olhassem para mim, para verem que criatura ali estava. E tal causou-me um sentimento de desconforto.

Auele seria o meu novo mundo, a minha nova escola e eu estava assustada. Não conhecia ninguém minimamente, e era como se todos olhassem para mim e senti-me minúscula.

Mas percorri o corredor de uma ponta à outra.

Mais tarde, ali regressei. O pânico tinha-se desvanecido e o corredor estáva mais vazio. Senti-me à vontade.

E ainda hoje, cada vez mais à vontade estou, num mundo de liberdade, onde posso ser o que eu quizer, sem olhares de esguelha. Posso rir, saltar e até mesmo (se bem que dispensável) chorar.

Aqui já não estou só, estou em casa, agora a minha segunda casa da minha alma.

Agora, rompe-se o manto de solidão. Estou entre iguais a mim.  E é com orgulho que hoje ergo a cabeça sem medos e sem o peso da solidão.

O tempo da tortura chegou ao fim, é apenas continuar. Continuar, para não me perder e encontrar uma nova luz, que quase julguei perdida num mundo onde a futilidade e a mediocridade reinavam.

Amo-te António Arroio!