terça-feira, 29 de junho de 2010

Ventos nos corações

Estrelas apagam-se e acendem-se, como apaixonados e desapaixonados corações.

Promessas são feitas, apenas valendo no momento que são pronunciadas. Mas esquecidas pelas mentes viajantes.

E os corações vazios ficam, percorridos pelos quatro ventos, que ocupam o espaço vazio, mas ocupado pelo ar. Assim é como ficam os corações de estrelas apagadas, vagueando no céu repleto de incertezas.

Nada conta, mas tudo vale num mundo de estrelas semi-apagadas, onde também a esperança é incerta

sábado, 5 de junho de 2010

Romeu e Julieta

Rodeada de velas sombrias sua amada dormia, no profundo sono da morte. Dormia então, que nem um puro anjo, que dorme calmamente nas nuvens.  Mas ela já longe dele se encontrava, nada havia a fazer que pudesse alterar tal fatalidade no seu destino.


O desespero toma-te, Romeu, que encontras tua amada adormecida num belo altar, porém este não iguala a sua beleza. Nem sono onde ela jamais acordará, e mesmo que a beijes, seus lábios gélidos que nem pedra esquecem-se do calor do teu corpo vivo.


Uma profunda dor toma conta de ti, o profundo desejo de vingares a morte da tua querida Julieta, mas nem sabes porque ela morreu. E a tua dor encarna na tua mão, que abre o pequeno frasco de vidro, onde o te fim se encontra. Na esperança de reencontrares a tua amada Além, pois também já nada te prende ao mundo dos vivos.

E o teu fim percorre a tua garganta, para depois caíres num abraço sob a tua amada, por quem choras de saudades de ver um sorriso.

Teu fim chega, e ela desperta, num susto vê-te morto sob ela. Tudo por um engano, uma mensagem que não chegou ao seu destino.

Num soluço, num escorrer de lágrimas, a apaixonada donzela perante tal triste choque, seu amigo punhal ela empunha. Manchando as suas delicadas vestes de vermelho vivo, vermelho de morte perante tal triste e infeliz cenário.

Assim, amados partem do mundo, mas nem a maldita morte os separa.