sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quem serei eu

Procuro um caminho, por entre as sombras, sem saber por onde caminhar, apalpando as paredes. Desisti de manter os olhos abertos, os comuns olhos. Vejo o mundo com o coração, a paz do amor que me é concedido e uma visão estranha, irreal. Onde para um lado as sombras me perseguem, querem tomar o meu corpo, ser eu, eu ser elas. Vem atrás de mim, os seus brilhantes olhos que me fazem fugir, fazem ter tanto medo que a garganta se prende e esbarra o grito. O medo que eu sempre tomei rédeas, fez me quaze paralizar de medo, mas a minha alma não deixou de fugir das garras da escuridão.

Tinha tanto medo, que só dei conta agora, quando gritou e berrou a toda a força no silêncio. Agora, não é contra a escuridão que vou lutar. Vou lutar por mim, pelo que eu quero, pela paz que eu procuro. Serei forte, posso ter fugido para o Éden por momentos, mas que mal tem fugir uma vez, ganhar novamente força e encarar novamente a batalha? Cobardes são aqueles que fogem para nunca mais voltar, cobardes aqueles que não lutam pelo que almeijam.

Olho para trás, o reino dos sonhos, as fadas que voam por entre as árvores, espalham o seu rasto cintilante tais envcantadores pirilampos que bailam com a sua mãe Natureza. Serão os meus eternos amigos de infância a quem nunca virarei costas, que buscarei sempre a sua sabedoria da terra.


Eu sou a Filha da Terra com o toque de escuridão, no entanto senhora de si mesma. em que a luz predomina na esperança, que não se perderá no Nada, que amará e cuidará.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pára

Rebentas-me com lágrimas, trazes a dor ao meu peito. Será que não te importa? Será que te é indiferente o meu cansaço? Parece que sim.

Exijes e exijes, sem cessar, mandas-me a cara a minha maturidade quando te convêm, dizes eu ser o que na verdade sei o que não só. Desvalorizas-me, as minhas lágrimas quando caiem; são meramente uma birra para ti. E não queres que eu esteja revoltada?

Prendes-me a ti, não te importa que eu tenha uma vida desde que viva unicamente para si. Se eu seguisse os teus ensinamentos seria igual a ti: um buraco negro sem fim, que não sabe amar; apenas odiar, desprezar e desvalorizar.

Bem eu queria que mudasses, mas seria pedir demais, porque és assim para mim? Porque acabas por indirectamente proibir-me de amar? É crime amar? Afinal, que suposto exemplo és tu?

domingo, 31 de julho de 2011

O Meu Mar

Num mar de amores, eu perdi-me por ti. Mergulhei querendo sentir o teu abraço, o teu doce beijo que chega-me à minha alma e que envolve o meu coração.

Em ti quero permanecer, navegar até adormecer, ser tu e eu num só. Quero sentir-me parte de ti.

E as minhas lágrimas salvadas, o lamento das saudades que se afogarão no teu oceano que me abraça e ama.

Cantas para mim, através das conchas que por ti foram banhadas, numa melodia que ecoará para mim quando sentir a falta do bater das tuas ondas na praia. Em que hora estás perto, ora estás longe pois a maré te leva e trás; até eu perder a paciência e correr para ti.

Quando o tempo te aborrece, vêem a terra as tuas gaivotas piar as tuas saudades. E eu, ao saber que me amas assim, jamais quero fugir de ti.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Liberdade Sonhada

Na pequena e sumptuosa gaiola dourada, o pequeno pássaro faz uma passagem surgir por entre às grades. Quer ser livre, quer viajar, explorar, ver o que o mundo espera dele.

E corre, corre pelos campos, vales, planícies, florestas fora. Corre e corre... Até que as suas asas abrem-se a medo. Mas de que serve o medo quando se quer viver? O medo é uma barreira a destruir. Enquanto não se consegue arrombar essa porta, seremos a água que passará pelas suas frestas, e que assim continuará o seu percurso.

Uma vez as asas abertas, para sempre livres. O céu será o seu tecto, os ribeiros a sua bebida e a terra o seu poiso e a mesa onde se poderá alimentar.

Voa livre, para sempre livre enclausurado espírito! Encontra a tua paz, fecha os olhos e sente a harmonia dada pela Grande Mãe, busca quem te ama. Vive, ama, sorri e faz sorrir. Desfruta do melhor que a vida tem para ti!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Não Vás

Entraste na minha vida de porta escancarada... Surpreendeste-me porque foste o inesperado... Mas também o que eu esperava à muito... E recebi-te de braços abertos e não quero que te vás embora gelado...

domingo, 3 de abril de 2011

Sangra

Sangra a vermelha rosa sem parar

a esperança para ela acabou e em dor se tornou

já ninguém a quer porque todos a temem


refrão

ela perdeu-se na escuridão

sua fome por vida não tem fim

porque não tem luz

fechou-se assim no mundo
porque a luz dela fugiu
já ninguém a ama

o sangue escorre por ela abaixo, vivo e suplicante
para que ela o prove
pois já não há animo vivo nela

perdeu-se nos confins do mundo porque está só

apenas a escuridão a abraça

refrão

ela perdeu-se na escuridão

sua fome por vida não tem fim

porque não tem luz

fechou-se assim no mundo
porque a luz dela fugiu
já ninguém a ama

Ela esperança
Aguarda em desespero que termines o seu sofrimento

que acabes com a dor
que a envolve na escuridão

sexta-feira, 11 de março de 2011

Encontra-me

Sê tu e eu, sejamos mais uma vez a palavra "juntos". Há sempre esperança, há sempre paz.

Encontra-me na encruzilhada, lá estarei à tua espera, lutando contra a escuridão que tenta consumir-me, mas não baixarei a guarda. Vem se quiseres, por ti espero no cinzento semi-cortado. Junta-te a mim, luta comigo, juntos nada nem ninguém nos vencerá.

Vem, até onde o Mundo nos espera, na profundidade das rosas escuras e vermelhas espinhosas, nem elas nos despedaçarão. Nem os maus espíritos nos derrubarão, aceita a minha mão e juntos caminharemos sem medo; já nada há a temer.

Fica comigo, oferecer-te-ei o meu mundo, o meu amor e emprestar-te-ei a minha força que precisares; pois cá estarei para ti.


Mas se me rejeitares com novas facadas, no esquecimento cairás, não serei a tua escrava, mas serei a tua parceira se o assim quiseres.