Procuras trazer-me teu Inferno, tais chamas ardentes que irei apagar com o sopro leva da minha alma. Não me derrubarás, não me destruíras. Porque nem o Amor é motivo para o Fim.
Mas nem Amor tu prezas, destróis e espezinhas o pouco que cá ficou. Podia amaldiçoar-te, rogar-te algo. Mas não desperdiçarei minhas forças, energias do espírito em ti. És sim uma perde tempo, amar-te é desamar-me a mim mesma. Por isso, meu pouco amor espezinhado desfaleceu para sempre. Nem a Fénix renascida das cinzas, se fosse este Amor, jamais renasceria e seriam finas lágrimas dos olhos da minha Alma. Mas nada sarariam, apenas queimariam a tua Alma.
Assim, não haverá o bailar no Sonho da Noite de Verão, com que contigo em tempo sonharei, cairás nos espinhos das tuas armas e neles apodrecerás pela tua própria culpa. Jamais me alcançarás com as tuas adagas, pois a ti próprio ferirás.
Mas não bailarei só nesta noite, pois os dóceis cisnes comigo virão e irão bailar até ao Outro Mundo. Em que estarei de fino vestido de seda ao sabor da brisa e com os cabelos soltos, sentirei a fresca água da lagoa sob os meus pés.
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